Política

Food service deve crescer 28% em 2022, aponta pesquisa

Projetando um faturamento na casa de R$ 166,9 bilhões, a ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos) estima, para este ano de 2022, um crescimento do food service de 28%. Entre os diversos empreendimentos que fazem parte da categoria, como food-trucks, restaurantes e vending machines, o delivery assume um papel de destaque no Brasil, que lidera o número de pedidos na América Latina.

Em 2020. o país foi responsável por quase metade do mercado, chegando a 48,77%, segundo balanço do site Statista. O México e a Argentina ocupam o segundo e terceiro lugar, com cerca de 27,07% e 11,85%, respectivamente.

Desde que a pandemia de Covid-19 chegou ao país, em março de 2020, o delivery foi incorporado à rotina dos brasileiros. Entre os consumidores que pedem comida pela modalidade, a maioria (94%) utiliza aplicativos, conforme a pesquisa “Consumo de comida delivery por aplicativo” realizada pelo Instituto Qualibest.

Para Pedro Ruibal, CEO da Easy Delivery – empresa de desenvolvimento de software que atua com cardápio digital para restaurantes delivery – os indicativos demonstram a importância do ramo, que faz parte de um movimento de digitalização de pequenos empreendimentos. Todavia, este processo deve ser acompanhado da capacitação técnica destes profissionais.

“O delivery aparenta ter uma barreira de entrada baixa para novos empreendedores. Muita gente decide se aventurar abrindo uma operação assim, mas esquece de buscar capacitação, deixando o conhecimento e o preparo de lado”, afirma. “Este fato faz com que o empreendedor tenha um risco muito maior quanto ao futuro do seu negócio. Não é à toa que no Brasil temos índices altíssimos de insucesso neste tipo de jornada”.

Conexão entre tecnologia e conhecimento é essencial

Na visão do CEO da Easy Delivery, a educação do empreendedor é imprescindível para que ele tenha sucesso no delivery. “Apesar da baixa barreira de entrada, elementos como a falta de planejamento financeiro e conhecimentos sobre projeção, margem, precificação dos produtos, ação de marketing e relação com fornecedor, entre outros, podem comprometer a saúde do negócio”.

Nesse sentido, para Ruibal, para além do talento, da vontade de empreender e do acesso à tecnologia, o investimento em educação é essencial.

“A boa notícia é que hoje a informação está cada vez mais acessível aos empreendedores. E, cada vez mais, cresce o número de pessoas compartilhando conhecimento através de infoprodutos, como cursos on-line, que são bastante acessíveis”, afirma. “Buscar conteúdos do tipo é muito importante, pois, assim como em qualquer ramo, o estudo é aliado do sucesso. O conhecimento é a base para que o empreendedor consiga utilizar de maneira correta e estratégica as inúmeras ferramentas que ele já tem à disposição”.

O empresário complementa que a qualificação pode ser um diferencial, inclusive, frente à ampla concorrência do setor de delivery. “Em muitos casos, sobra tecnologia, mas falta capacitação. Por isso, é necessário manter parcerias que estimulem o desenvolvimento do empreendedor do ramo, pois a junção entre tecnologia e educação é a maior ferramenta de transformação do mercado”.

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