Economia

Real tem pior 1º semestre desde 2020 com dólar beirando os R$ 5,60


O câmbio teve um novo dia ruim após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltar a criticar o Banco Central e o dólar à vista terminou o pregão em alta de 1,47%, a R$ 5,5883

Yasuyoshi CHIBA / AFPMoeda de um real em frente a uma cédula de cem dólares
A alta do dólar ante o real também se destacou em comparação da moeda americana ante outras divisas de países emergentes

A preocupação dos investidores com a falta de clareza em relação às trajetórias dos juros, em particular a partir de 2025, e da dívida pública, somada às críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central e a um movimento de especulação no mercado de câmbio, descolou o real de outras moedas emergentes e contribuiu para a moeda brasileira ficar a um fio de cabelo dos R$ 5,60 no mercado à vista, registrando seu pior primeiro semestre ante o dólar desde 2020, ano da pandemia de covid-19. O dólar à vista terminou o pregão em alta de 1,47%, a R$ 5,5883. Na máxima da sessão, chegou a R$ 5,5990 (+1,66%), o maior preço desde 12 de janeiro de 2022, quando alcançou R$ 5,6007. Na semana, a moeda subiu 2,71%, e em junho avançou 6,43%. No acumulado do ano, a alta foi de 15,14%, o que corresponde ao avanço mais significativo em relação à moeda brasileira desde os 35,51% registrados no primeiro semestre de 2020.

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A alta do dólar ante o real neste primeiro semestre também se destacou quando comparada ao desempenho da moeda americana ante outras divisas de países emergentes. O dólar subiu bem menos em relação à lira turca (11,01%), peso mexicano (7,97%) peso colombiano (7,15%), peso chileno (7,06%) e rupia indiana (0,23%), e em relação ao rublo russo e ao rand sul-africano caiu 4,06% e 0,55%, respectivamente. No mercado futuro, por volta das 17h55, o contrato do dólar para agosto subia 1,55%, a R$ 5,6125, com máxima intradia de R$ 5,6180. O volume de negócios somava US$ 21,4 bilhões. O fortalecimento recente do dólar ante o real é baseado essencialmente no ceticismo dos investidores em relação à capacidade do governo de promover o equilíbrio das contas públicas.

Publicado por Carolina Ferreira

*Com informações do Estadão Conteúdo





Fonte: Jovem Pan

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