Economia

Qual a expectativa do mercado com o aumento da taxa de juros?


De acordo com uma pesquisa realizada pelo BTG Pactual, 78% dos investidores e operadores esperam um aumento de 0,75 ponto percentual na taxa Selic na próxima quarta-feira

Bruno Rocha/Foto Arena/Estadão Conteúdo Analistas consultados pelo Banco Central renovaram as previsões para a recuperação da economia em 2021
Comitê de Política Monetária do Banco Central realiza nesta semana a última reunião sob presidência de Roberto Campos Neto para novas projeções de alta da inflação e uma disparada do dólar

Nesta semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central se reúne pela última vez sob a presidência de Roberto Campos Neto para decidir sobre a taxa de juros do país. Este encontro ocorre em um momento de turbulência no mercado financeiro, marcado por novas projeções de alta da inflação e uma disparada do dólar. De acordo com uma pesquisa realizada pelo BTG Pactual, 78% dos investidores e operadores esperam um aumento de 0,75 ponto percentual na taxa Selic na terça-feira (10). A pesquisa também revelou que 77% dos entrevistados revisaram suas previsões após o anúncio do pacote de gastos do governo.

Apesar das expectativas do mercado, o economista Igor Sabino sugere que a tendência mais provável é um aumento de meio ponto percentual, o que elevaria a Selic para 11,75% ao ano. Este ajuste é considerado necessário para conter a inflação, com o Banco Central adotando uma postura mais contracionista. A previsão é que a taxa alcance 12% em janeiro. Além disso, a alta do dólar, que recentemente ultrapassou a marca de R$ 6, é outro fator que deve pressionar a inflação nos próximos meses. O economista André Perfeito avalia que o Banco Central continuará a aumentar a Selic, mesmo sob a futura gestão de Gabriel Galípolo a partir de 2025, possivelmente acelerando o ritmo de alta para 100 pontos base.

A desvalorização do real tende a persistir se a economia dos Estados Unidos continuar a crescer mais rapidamente do que outras economias avançadas, atraindo recursos e fortalecendo o dólar. “Quando o dólar se fortalece, as moedas dos países emergentes ficam enfraquecidas”, declarou o economista Pedro Paulo Silveira.  Além disso, André Perfeito adverte que a manutenção de juros elevados por um período prolongado pode ter efeitos adversos na economia. “Dependendo da dosagem do remédio, ele pode criar um dinamismo pior a respeito até da percepção do próprio mercado. Em 2024, tanto famílias como empresas estão altamente endividadas. Então,  o processo de alta de juros pode comprometer ainda mais a atividade”, afirmou André.

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Para a maioria dos entrevistados pelo BTG, o aumento dos juros será decidido de forma unânime. “O mercado está dividido, com o DI futuro indicando uma alta de 0,75 ponto percentual na taxa selic. A taxa Selic que hoje está em 11,25% , chegaria a 12,00%”, expressou Alan Ghani.  Os principais fatores que impulsionam essa expectativa de aumento são a deterioração fiscal, as expectativas inflacionárias e a valorização do dólar.

*Com informações de Misael Mainetti

*Reportagem produzida com auxílio de IA





Fonte: Jovem Pan

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