Política

Lula rechaça desvincular aposentadoria do salário mínimo: ‘Se faço isso, não vou para o céu’


‘Eu não posso penalizar a pessoa que ganha menos’, disse o presidente

Ricardo Stuckert/PRPresidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista aos jornalistas Leonardo Sakamoto e Carla Araújo
Lula disse que não fará “ajustes em cima dos pobres”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não é viável desvincular o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e as pensões do salário mínimo, pois considera o mínimo vital para a sobrevivência das pessoas. Lula destacou a importância da política de valorização do salário mínimo e ressaltou que apertar ainda mais esse valor não resolveria os problemas econômicos do país. “Se eu acho que vou resolver o problema da economia brasileira apertando o mínimo do mínimo, eu estou desgraçado. Eu não vou para o céu, fico no purgatório”, disse o presidente, em entrevista ao UOL. “Garanto que o salário mínimo não será mexido enquanto eu for presidente da República. Quando você aumenta o salário mínimo, o que diz a lei que regulamenta ao aumento do salário mínimo? Você tem sempre que colocar a reposição inflacionária porque é para manter o poder aquisitivo. E nós damos uma média do crescimento PIB dos últimos dois anos. O crescimento do PIB é exatamente para isso, pra você distribuir entre os 200 milhões de brasileiros. E eu não posso penalizar a pessoa que ganha menos.”

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Além disso, ele criticou a postura de alguns empresários, mencionando a “Faria Lima”, e defendeu a ideia de distribuir de forma mais igualitária os recursos. Lula citou o exemplo de Henry Ford, fundador da Ford, que valorizava o pagamento justo aos trabalhadores para que pudessem consumir os produtos fabricados pela empresa. “Eu quero que o empresário tenha lucro, mas quero que ele tenha a cabeça como teve o Henry Ford, quando disse: eu quero que meus trabalhadores ganhem bem para eles poderem comprar os produtos que eles fabricam.” Sobre a possibilidade de cortes de gastos, Lula afirmou que o governo está avaliando a necessidade de tais medidas e ainda não definiu quais serão implementadas. O presidente elogiou o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacando sua competência, mas não confirmou se o indicará para a presidência da instituição.

Publicada por Felipe Cerqueira

*Reportagem produzida com auxílio de IA





Fonte: Jovem Pan

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