Economia

Ibovespa cai aos 127,7 mil pontos à espera do pacote de corte de gastos


Com a perda desta terça-feira (12), o Ibovespa segue no menor nível desde 7 de agosto; já o dólar à vista fechou o dia em alta de 0,03%, cotado a R$ 5,7714

CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDOVista de painel da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), na região central da capital paulista
O apetite por ativos de risco na B3 continua a ser bloqueado por uma conjuntura externa menos propícia a divisas emergentes

O Ibovespa teve um segundo dia de variação contida, de menos de 800 pontos entre a mínima (127.411,09) e a máxima (128 209,92) da sessão, em que fechou em leve baixa de 0,14%, aos 127 698,32 pontos, com giro a R$ 24,4 bilhões na véspera do vencimento de opções sobre o índice. Nas duas primeiras sessões da semana, o Ibovespa acumula perda de 0,10%, e cai 1,55% no mês – no ano, cede 4,83%. Com a perda desta terça-feira (12), o Ibovespa segue no menor nível desde 7 de agosto, então aos 127,5 mil pontos naquele fechamento. Nesta terça-feira, o dólar à vista fechou o dia em leve alta de 0,03%, a R$ 5,7714.

Como ontem, o desempenho positivo de Petrobras (ON +0,97%, PN +1,88%), hoje na mesma direção do petróleo, contribuiu para dar algum equilíbrio ao Ibovespa, em sessão na qual tanto Vale (ON -2,27%) como os grandes bancos (Itaú PN -1,20%, Santander Unit -0,87%) seguiram em baixa. Na ponta perdedora do Ibovespa, Cogna (-5,41%), Metalúrgica Gerdau (-5,05%) e São Martinho (-4,23%). No lado oposto, Localiza (+6,79%), Hapvida (+4,42%) e Sabesp (+3,79%).

cta_logo_jp

Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Como nas últimas semanas, o apetite por ativos de risco na B3 continua a ser bloqueado por uma conjuntura externa menos propícia a emergentes – como a recente eleição de Donald Trump para um segundo mandato na Casa Branca, e o fraco desempenho econômico da China, importante consumidora de commodities.

O fator decisivo, porém, continua a ser colocado na conta do governo: a demora em entregar um pacote de cortes de gastos que seja crível – ou seja, viável e robusto o suficiente para acalmar o mercado. No cenário de “sonho”, algo na casa de R$ 50 bilhões ou mesmo de R$ 60 bilhões seria o suficiente, na visão de mercado, para mitigar a trajetória de crescimento da dívida bruta – hoje já perto de 80% do PIB, rumando para níveis de exclusividade das economias mais ricas.

Com a expectativa, agora, de que o pacote venha a ser anunciado apenas na semana que vem, depois das reunião do G20 no Rio de Janeiro, a tendência é de que os ativos domésticos mantenham o compasso de espera até que se conheça a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a dimensão do ajuste fiscal.

Também na agenda macroeconômica, nesta terça-feira, a ata da mais recente reunião de política monetária do BC, de 6 de novembro, corroborou a impressão de que o Copom deve manter o ritmo de meio ponto porcentual de elevação da Selic no próximo encontro, em dezembro. Há, contudo, quem considere que o ritmo possa se acentuar, ante os fatores de incerteza que já prevalecem no horizonte de curto prazo.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira





Fonte: Jovem Pan

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *