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Governo anula leilão de arroz sob suspeita, e secretário pede demissão
Neri Geller comunicou que seu filho estabeleceu sociedade com uma corretora envolvida no leilão, mas ressaltou que a empresa não participou da operação
![Antonio Cruz/Agência Brasil](https://jpimg.com.br/uploads/2018/11/Nerigeller.jpg)
O governo federal decidiu anular o leilão para a compra de arroz, que estava sob suspeitas de irregularidades, e realizar um novo processo em data ainda não definida. O secretário de Política Agrícola, Neri Geller, envolvido no processo, pediu demissão pela manhã. A decisão foi tomada em reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com ministros e autoridades ligadas ao setor agrícola. O texto do novo leilão será produzido em parceria com a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Controladoria Geral da União (CGU). A decisão de anular o leilão foi motivada pela repercussão negativa e pelas suspeitas levantadas em relação às empresas vencedoras. O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, afirmou que é necessário revisitar os mecanismos estabelecidos para realizar o leilão.
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O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, pediu demissão do cargo na manhã desta terça-feira. Ele comunicou que seu filho estabeleceu sociedade com uma corretora envolvida no leilão, mas ressaltou que a empresa não participou da operação. A situação gerou transtorno e levou Geller a colocar o cargo à disposição. Duas empresas intermediaram a venda do arroz no leilão e representaram três das quatro empresas arrematantes. O perfil das empresas gerou suspeitas por não trabalharem com arroz, e uma CPI foi proposta para investigar a suposta fraude no processo. O ex-assessor de Neri Geller é sócio do filho do secretário e está ligado às empresas envolvidas na transação.
Publicada por Felipe Cerqueira
*Reportagem produzida com auxílio de IA