Dólar fecha em alta de 1,02% e renova pico histórico com exterior e pacote fiscal no radar
Com máxima a R$ 6,0925 à tarde, o dólar à vista encerrou o dia a R$ 6,0708, maior valor nominal de fechamento da história do real, após os R$ 6,0680 no último dia 2
Após três pregões seguidos de queda, o dólar não apenas voltou a subir no mercado doméstico nesta sexta-feira (6), como renovou novo pico histórico nominal no fechamento. Além de ajustes de prêmios de risco associados à incerteza fiscal, diante de receios crescentes de desidratação do pacote de contenção de gastos do governo no Congresso, a queda do real está ligada à valorização global da moeda americana e ao tombo das commodities, em especial do petróleo e do minério de ferro.
Dados do relatório de emprego (payroll) nos EUA em novembro vieram mistos, com geração de vagas acima do previsto, mas aumento da taxa de desemprego. Já os números preliminares da confiança do consumidor americano subiram para nível superior às expectativas na passagem de novembro para dezembro. Embora tenham aumentado hoje as apostas de que o Federal Reserve vai promover nova redução da taxa básica americana em 25 pontos-base neste mês, há receio de que haja menos espaço para afrouxamento monetário ao longo de 2025.
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Com máxima a R$ 6,0925 à tarde, em sintonia com o exterior, o dólar à vista fechou em alta de 1,02%, a R$ 6,0708, maior valor nominal de fechamento da história do real, após os R$ 6,0680 no último dia 2. A moeda encerrou a primeira semana de negócios em dezembro com valorização de 1,16%, após ter subido 3,81% em novembro. No ano, o dólar tem ganhos de 25,54% em relação ao real.
Lá fora, o índice DXY, termômetro do comportamento da moeda americana em relação a uma cesta de seis divisas fortes, voltou a superar os 106,100 pontos, com máxima aos 106,121 pontos à tarde, sobretudo em razão de ganhos frente ao euro. Parte dos analistas aposta em enfraquecimento ainda maior da moeda europeia, dado o dinamismo da economia americana e a perspectiva de cortes maiores de juros pelo Banco Central Europeu (BCE). Entre divisas emergentes e de exportadores de commodities, as maiores perdas foram do real e do dólar australiano e neozelandês.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira