Economia

Dólar fecha a R$ 5,77 apesar de pressão externa ‘com efeito Trump’


Operadores afirmam que o mercado local de câmbio passa por uma acomodação, com investidores à espera do anúncio do pacote de corte de gastos do governo

ADRIANA TOFFETTI/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDODólar à vista sobe à espera de corte de gastos
No exterior, a moeda americana experimentou nova onda de valorização

Em sessão instável e marcada por troca de sinais, o dólar à vista fechou a R$ 5,7714 (+0,03%), longe da máxima a R$ 5,7986, vista no início dos negócios. No exterior, a moeda americana experimentou nova onda de valorização, ainda sob o efeito da perspectiva de que a agenda econômica do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, resulte em pressões inflacionárias e reduza o espaço para cortes de juros pelo Federal Reserve.

Operadores afirmam que o mercado local de câmbio passa por uma acomodação, com investidores à espera do anúncio do pacote de corte de gastos do governo. Ontem à noite, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que mais um ministério seria incluído no esforço fiscal. Os sinais são de que a tesoura da equipe econômica pode atingir também o Ministério da Defesa.

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Divulgada pela manhã, a ata trouxe um tom duro e deixou aberta a possibilidade de um ciclo mais longo de alta da taxa Selic. Como no comunicado da reunião da semana passada, quando elevou os juros de 10,75% para 11,25%, o comitê afirmou que uma política fiscal crível é importante para a “redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros”. A expectativa majoritária é que o Copom mantenha o ritmo de alta da taxa básica em 0,50 ponto porcentual em suas próximas reuniões, mas há casas relevantes que apostam em uma postura mais agressiva.

Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY teve alta firme e chegou a superar a linha dos 106,000 pontos, algo não visto desde maio. O euro desceu ao menor nível desde novembro de 2023. Entre divisas emergentes pares do real, o peso colombiano caiu mais de 2% e o peso mexicano registrou perdas de cerca de 1,5%.

À tarde, o presidente do Federal Reserve de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou que, se a inflação surpreender para cima, o Banco Central americano pode ter que reconsiderar a expectativa de corte da taxa básica em seu encontro de política monetária em dezembro. Amanhã, sai o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de outubro. Na quinta-feira, será divulgado o índice de preços ao produtor (PPI).

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira





Fonte: Jovem Pan

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