Dólar à vista tem queda significativa e fecha em R$ 5,16
O avanço expressivo da Petrobras, a redução das tensões geopolíticas e a expectativa de corte moderado da Selic após declarações do presidente do Banco Central contribuíram para a queda
O dólar à vista teve uma queda significativa nesta segunda-feira (22) e fechou o dia em R$ 5,1687, com baixa de 0,59%. Na máxima, pela manhã, chegou a R$ 5,2181, mas depois se firmou em baixa ao longo da tarde. Assim, a moeda norte-americana atingiu os menores níveis em mais de uma semana. A Petrobras teve um avanço expressivo com fortalecimento das ações da empresa, o que contribuiu para baixar o valor moeda norte-americana por aqui. Além disso, a redução das tensões geopolíticas entre Irã e Israel permitiu a realização de lucros no mercado interno, que registrou entrada de fluxo comercial e desmonte de posições defensivas por parte de investidores estrangeiros.
A expectativa de um corte mais moderado da taxa Selic, após declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também influenciou a queda do dólar. O banco JP Morgan revisou sua projeção da taxa Selic para o final do ciclo de redução. Durante evento da Legend Capital em São Paulo, nesta segunda (22), Campos Neto destacou a possibilidade de mudança no ritmo de cortes da taxa Selic devido ao aumento das incertezas. Ele reiterou que o BC só intervém no câmbio em caso de distorções no mercado, e não para combater mudança da taxa de câmbio provada por alteração dos fundamentos econômicos. “Se tiver uma percepção de que o risco piorou, o câmbio vai refletir”, disse Campos Neto.
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No exterior, o índice DXY, que é referência do comportamento do dólar em relação a seis divisas fortes, operou em ligeira baixa ao longo da tarde, acima da linha dos 106,100 pontos. A moeda norte-americana caiu em relação a divisas de países exportadores de commodities desenvolvidos, como dólar australiano e canadense, mas subiu na comparação com emergentes pares do real, como o peso mexicano e rand sul-africano.
Apesar de acumular ganhos de 3,06% em abril, a moeda ainda apresenta uma valorização de 6,50% no ano. O mercado mantém uma postura defensiva diante das questões fiscais e dos atritos entre governo e Congresso.
*Reportagem produzida com auxílio de IA