Economia

Campos Neto diz que Banco Central deve ‘se afastar de arena política’


Presidente da autarquia lembrou que, no último ano da gestão de Jair Bolsonaro, os juros subiram significativamente, o que não ocorreria se houvesse interferência

André Costa/BCBRoberto Campos Neto, fala com imprensa durante a apresentação do Relatório de Inflação no edifício sede do Banco Central do Brasil
Mandato de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central termina em dezembro

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, têm protagonizado uma série de trocas de críticas públicas. Lula acusou Campos Neto de envolver o Banco Central em discussões político-eleitorais, o que gerou uma resposta imediata do presidente da instituição. Campos Neto defendeu a autonomia do Banco Central, destacando que as decisões tomadas foram técnicas e não sofreram interferências políticas. O petista criticou a permanência do economista, que foi indicado pela administração anterior, durante dois anos de seu governo. Em resposta, Campos Neto lembrou que, no último ano da gestão de Jair Bolsonaro, os juros subiram significativamente, o que não ocorreria se houvesse interferência política. Ele afirmou que o BC deve “se afastar da arena política” e continuar com um trabalho técnico, citando o aumento das taxas de juros em um ano eleitoral como prova de independência.

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A decisão de interromper a queda dos juros na última reunião do Conselho de Política Monetária foi unânime, incluindo os quatro diretores indicados por Lula. Isso reforçaria a ideia de que as decisões da autarquia são baseadas em critérios técnicos e não em pressões políticas. A crítica de Lula ao Banco Central não agrada ao Ministério da Economia e ao ministro Fernando Haddad, que preferem manter a imagem de uma instituição independente e técnica.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin





Fonte: Jovem Pan

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