Mercado revisa projeção e estima déficit primário do Brasil em 66,6 bilhões
Houve melhora em relação à projeção anterior de R$ 73,5 bilhões, mas, para 2025, a expectativa é de um rombo ainda maior, estimado em R$ 93 bilhões
Os analistas do mercado financeiro revisaram suas previsões e agora estimam que o Brasil enfrentará um déficit primário de R$ 66,665 bilhões em 2024, uma melhora em relação à projeção anterior de R$ 73,5 bilhões. O governo, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), busca eliminar esse déficit por meio de um novo arcabouço fiscal, que, apesar de prever um superávit de R$ 2,8 bilhões na Lei Orçamentária Anual, já foi ajustado para um déficit de até R$ 28,8 bilhões em um relatório de julho. Para o ano de 2025, a expectativa é de um rombo ainda maior, estimado em R$ 93 bilhões, superando a projeção anterior de R$ 91,688 bilhões. O governo alterou sua meta fiscal, agora mirando um resultado neutro de 0% do PIB, em vez de um superávit de 0,5%, refletindo uma mudança significativa na abordagem fiscal.
A nova regra fiscal implementada pelo governo visa garantir superávites primários a partir de um resultado neutro em 2024, substituindo o antigo teto de gastos. As despesas poderão ser ajustadas para crescer até 70% do aumento da receita, com um limite que varia de 0,6% a 2,5% acima da inflação, permitindo uma maior flexibilidade orçamentária. As previsões para as receitas federais também foram atualizadas, com a expectativa de arrecadação de R$ 2,633 trilhões em 2024 e R$ 2,779 trilhões em 2025. A receita líquida do Governo Central para 2024 foi ajustada de R$ 2,136 trilhões para R$ 2,146 trilhões, indicando uma leve melhora nas expectativas de arrecadação.
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Em relação às despesas totais do Governo Central, a projeção para 2024 é de R$ 2,209 trilhões, enquanto para 2025, a estimativa subiu para R$ 2,366 trilhões. Essas mudanças refletem um cenário fiscal desafiador, que exigirá uma gestão cuidadosa das contas públicas. Por fim, a mediana das projeções para a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) também apresentou um aumento, passando de 77,72% do PIB para 77,91% em 2024. Para 2025, a expectativa é que a DBGG atinja 80,61%, com previsões de 79,1% em 2026 e 79,7% em 2027, sinalizando um aumento contínuo na carga da dívida pública.
Publicada por Felipe Cerqueira
*Reportagem produzida com auxílio de IA